E lá se vai o sítio

Fiz um financiamento no banco, organizei os vizinhos e fizemos compra em conjunto. Aramos tudo por etapa, e depois de plantado eu ia tocar as roças na enxada, eu mesmo. E assim foi. Eu formei uma belíssima roça de milho. Eu não fui me tratar é coisa nenhuma. Eu dei uma "banana" para este médico.
Pois bem, eu passei mais ou menos uns quatro meses sem beber, mas eu achei que estava curado e provei um copo de cerveja. Começou tudo de novo.
Eu continuei na estrada do sítio e Franca, isto, de quatro a cinco anos, mais ou menos, para ficar livre de estar andando, mas o ministro da Fazenda, Delfim Neto, deu um fim na economia do Brasil, porque ele levou a poupança lá prá cima e ninguém queria nada, nem comprar, nem alugar. Isto foi toda vida.
Nisto, eu não podia cuidar de nada, mas despesa de imposto e coisa aqui e ali vai formando dívida e, antes que o mal cresça, corta a cabeça.
Pois bem, nesta época, se eu ficasse no espeto, ficava assando, e se eu saísse do espeto, caía na brasa. Todo mundo só fazia barganha. E eu resolvi barganhar o sítio em troca de uma casa em São Sebastião do Paraíso, entrando um Fusca e uns dinheiros pouquinhos que davam para pagar as contas, e outras quantias, que eram a "volta", e que ele pediu prazo e parcelou as duplicatas. E assim foi o sítio embora. Isto já era 84.

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