Inventário

Pois  bem, aí está contado o espaço de tempo, mas eu volto a contar o que passou neste período de 75 a 81.
Veja bem, primeiro eu modifiquei a casa em que eu morava. Aumentei ela. Depois, eu abri o muro da frente para que coubesse um caminhão. Eu comprei este caminhão "três quartos", para pau-de-arara. Eu já tinha um Fusca 71, que eu guiava sem carteira. Depois, tirei carteira em Patrocício Paulista. 
Pois bem, neste mesmo período, morre o Hildebrando. Nesta luta, logo morre a Júlia, com diferença de ano e meio. Eu fui escolhido pelo Juiz da Comarca de Cássia, como inventariante da Júlia para os seus herdeiros, que era um testamento mais novo, porque alguém já tinha feito o testamento, mas só para si mesmo. De forma que, no final, o que era válido era o mais novo, que estava com mais herdeiros. Eu era sobrinho, mas tinha dois irmãos. De forma que tinha herdeiro primeiro, segundo, terceiro e daí por diante. Eu tive que mastigar tudo isso, mandar procurador bem documentado para o Estado do Paraná e também Goiás. Estes herdeiros pensavam que era só buscar a sua herança, mas não tinham que dar as suas procurações e arcar também com as despesas que ocorreriam.
Quando eles viram que o "trem" ia levar mais de dois anos prá ficar pronto, e o que tinha no começo era gastar, todos os herdeiros, grandes e pequenos, reuniram-se para me venderem suas partes. Eles assinaram
as suas desistências no cartório. Eu, na época, não podia, porque além de ficar devendo, eu tinha que arcar sozinho com todas as despesas. Mas eles insistiram  em um prazo de pagamento. Eu resolvi dar o que tinha, e ir salgando a boca de cada um com um pouquinho de dinheiro. Como inventariante, eu podia desfrutar de alguma renda que tivesse durante o inventário. Neste caso, eu já era dono de tudo. Então, aluguei um ano para o Vaguinho da Magazine. E eu arcando com tudo que é despesa, sozinho

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Antonieta