Uma placa


Logo eu comecei a falar sobre o reino de Deus.
Pois bem, daí a uns tempos a minha casa estava decorada, por dentro e por fora, com os nomes e as palavras dos profetas, de Jesus Cristo e dos apóstolos. Eu comecei a escrever em placas grandes e a colocá-las nas estradas. 
Mas, logo começou o sofrimento doença-morte, doença-morte. Eu perdi o amor ao sítio e o vendi. E fui para a cidade. Lá morreram os restantes dos familiares. Ficou só eu, a mulher e os filhos, pois mãe, pai e irmão, morreram todos, todos da minha família. Nós éramos muito unidos e tinha o meu sítio, e tudo se acabou.
De forma que já estava acontecendo, eu estava sentindo que alguma coisa estava para acontecer. Eu sofri muito, mas não terminou ainda nesta época. Ainda foi longe. Mas no final escapou eu, a mulher e os filhos.
Continuando este assunto, eu , com doença e morte de tanta gente, gastei os meus recursos, a família crescendo, e eu ficando mais pobre. Logo vendi a minha casa e fui procurar recurso no Paraná, que é outra história.
Voltando no meu seguimento de obediência a Deus, na época de 61 a 62, passei, eu e minha família, a ser membro da igreja Presbiteriana. Eu até usei de franqueza com a direção da Igreja, dizendo que o meu destino não era muito chegado à religião. Tanto que nesta mesma época eu escrevi uma placa em que estava escrito que “Deus olha o coração não religião”, e fiz questão que todos lessem ela. Esta placa, eu pendurei na parede da casa, e, fiz mais ainda, eu arranjei uma máquina de tirar retrato e coloquei os meus filhos na frente desta placa que dizia: “Deus olha o coração e não religião” e fotografei.

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