Falando de fogo


Mesma coisa é a natureza: não cace palavras na natureza, mas leia ela com o espírito. Eu vou dar uns exemplos. Quando um fogo começa a devorar uma coisa, se tornando tudo em cinza, queimando coisa de valor para os homens, todos ficam apavorados. Depois  que passa, eles vão calcular o prejuízo. O fogo, ele tem um nome, e tudo acaba neste nome. E ainda tem mais, sempre tem um porque deste fogo. Quando é uma seca longa, que seca tudo, logo aparece o fogo. Como os homens separam coisas da terra e começa a incidência de fogo, então fica tudo em fogo. Mas, quem sabe ler o fogo, ele é um Deus-presente. É com fogo que muitas coisas funcionam. O fogo é tão natural no nosso meio, que, tudo que se diz “fundição”, ferramenta, lata, toda indústria sempre tem uma chaminé. E é tão doméstico que não vivemos sem ele. Eu faço uma pergunta: quando apagamos um fogo, para onde ele vai ? Ele existe mas não está em lugar nenhum. Ninguém sabe aonde ele está. Será que ele está na cabeça do palito de fósforo? Ainda não, porque ele é um meio de termos contato com ele novamente, porque não vivemos sem ele. É como a água, não vivemos sem ela.
Falando de fogo, ele não está em lugar nenhum, ao mesmo tempo ele está disponível para todos. Mas ele só aparece quando tem coisa para fazer. Quando acaba o que tem que queimar, ele some. Mas como ele é o nosso meio de sobrevivência, nós temos o nosso meio de trazer a sua presença a qualquer hora que quisermos, como um palito de fósforo. Agora, com a tecnologia, temos muitas facilidades sem usar o fósforo, mas de qualquer maneira, acabou de queimar, ele some. Nisto o homem pensa que faz o fogo, porque fica na mente que quanto mais lenha ele coloca, maior é o fogo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Antonieta